Mal Dorival Júnior assumiu como o novo treinador do Peixe e já está dando uma de Jesus Cristo ao ressuscitar Lázaro – o Lázaro a que me refiro é o meia-atacante Giovanni (37), que marcou época no time da Vila nos anos 90. O técnico até citou Petkovic (campeão brasileiro em 2009 pelo Flamengo) como exemplo para tentar viabilizar de vez o retorno do atleta. Como torcedor, vibrei com os gols de Giovanni, mas também sofri e chorei na final do Campeonato Brasileiro de 1995, quando o Santos foi literalmente prejudicado pelo Sr. Márcio Resende de Freitas na segunda partida da final, perdendo o título para o Botafogo do então atacante “mala”, Túlio Maravilha – nossa, ele soltava verdadeiras pérolas quando dava entrevistas e se achava “a última bolachinha do pacote”, como popularmente dizem por aí. Hoje o diretor de futebol do Santos, Pedro Luiz Nunes Conceição, disse que está tudo acertado verbalmente para que Giovanni integre o elenco santista em 2010, restando apenas a assinatura – e claro, os apertos de mão e o tradicional beijinho no escudo do clube depois de vestir a camisa, que no caso, deverá ser a 10, número envergado pelo jogador na sua primeira passagem pelo Santos e imortalizado por Pelé - para a formalização do contrato. Pense comigo... O Santos não tem dinheiro em caixa para fazer grandes contratações – mesmo que tivesse, seria loucura investir demais, já que esse ano irá disputar apenas o Paulista, o Brasileiro e a Copa do Brasil. A tão sonhada Libertadores não terá o time de branco entre os competidores – e, mais uma vez, tenta desesperadamente buscar ajuda em seu passado de glórias. Sei que o Giovanni foi um bom jogador e que mesmo não tendo levantado títulos pelo Santos, tem uma bela história no clube, mas não dá para apostar todas as fichas (ou boa parte delas) em um jogador de 37 anos que já não vem jogando o fino da bola há tempos. É estranho como todos os grandes times agem: troca-troca de técnicos, contratações milionárias e, nesse caso, contratações desesperadas. Tudo isso é típico, pois todos os anos acompanhamos essa mesma fórmula ineficaz. O que realmente dá resultado é investir na base (o Santos que o diga, com a geração de Robinho e Diego de 2002), em novos talentos revelados pelo próprio clube e, o mais importante, dando chances a esses garotos, que ainda não foram tocados pela ambição desmedida, por festas, noitadas regadas a Marias-Chuteiras e consumo exagerado de bebidas. Os jogadores mais novos só querem “se divertir” jogando futebol. Eles têm prazer em suar a camisa - como fizeram nas peneiras das quais participaram – para poder ter seu lugar ao sol e seu trabalho reconhecido, afinal, como na letra do Skank: ...“quem não sonhou em ser um jogador de futebol?”. Vendo essas cenas se repetirem, dá vontade de parar de torcer de vez, de guardar a camisa no guarda-roupa e esquecer um pouco o futebol. Esquecer o futebol? Nuuuuuuncaaaa! Rarará!
Isso realmente chateia, mas fazer o quê? Se o meu, o seu, o nosso Santos quiser contratar o Giovanni ou algum outro vovô da bola, que o faça. Infelizmente não temos poder para mudar nada, somos apenas torcedores. E isso inclui também torcer por boas contratações, além é claro, de bons resultados. O negócio é continuar torcendo. Essa é a força que nos motiva! Independentemente de quem estiver vestindo a camisa do seu time, torça, vibre, cante, pule, xingue, rogue praga...O fato é que, mesmo depois da pior derrota, ainda assim você vai ser louco (a) por ele. Time é algo pra sempre. Não importa se o sujeito torce pro XV de Piracicaba, pro Íbis ou pro Real Madrid. O que importa é você, torcedor como eu, sentado no sofá, com os olhos fixos na TV e esperando para dizer, ou melhor, gritar, uma única palavra: um monossílabo que acaba por ter sua única vogal multiplicada diversas vezes a exemplo da nossa paixão: goooooooooooooooooool!
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