"Sou o tipo de pessoa que a Dona Florinda diria para que o tesouro não se misturarasse." Ênio Fly.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Palmas pra macaca!
Ontem foi um dia especial. E Campinas amanheceu, acredito que pela primeira vez, com todos os seus torcedores felizes.
Os dois times da cidade mostraram sua força, despacharam respectivamente Corinthians e Palmeiras e farão a segunda semifinal em busca de uma vaga na grande
final.
Se do outro lado São Paulo e Santos decidem a primeira vaga, imagino que não há temor por parte de pontepretanos e bugrinos, pois chegaram fortes e tudo pode acontecer. O Guarani tem um grande título em sua história: o de campeão brasileiro de 1978. Uma geração que tinha entre outros, Careca e Zenon. Já a centenária Ponte Preta não tem nenhum grande destaque, a não ser um realmente negativo, que já rondava o Moisés Lucarelli há 35 anos.
Em 1977 Ponte e Corinthians decidiram o Paulistão quando ele ainda era cheio de charme, com equipes da capital e do interior brigando com maior igualdade. Naquele jogo, que tiraria o Timão de uma imensa fila de 22 anos sem grandes conquistas, um jogador se destacou: Rui Rei.
O craque da Ponte Preta, dizem, com a promoessa de jogar no Corinthians no ano seguinte, teria "entregado" o jogo arrumando uma expulsão ainda no primeiro tempo, aos 16 para ser mais exato. Resultado: Corinthians 1 x 0 Ponte Preta. O gol foi de Basílio e mesmo depois do apito final, esse gol e essa história se eternizariam, sendo mencionados todos os anos após seu desfecho.
A Ponte, a meu ver, encerrou esse assunto pendente depois do resultado de ontem. Que a final possa ser empolgante, independentemente de Ponte ou Guarani ser o outro time na decisão do Campeonato Paulista de 2012. De uma coisa eu tenho certeza: nunca mais esquecerei o dia 22 de abril desse ano.
Nesse mesmo dia, há 512 anos atrás, Cabral descobria o Brasil. E a Ponte Preta, 35 anos depois de sua página mais triste dentro do futebol, se redescobria.
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