sexta-feira, 11 de maio de 2012

Palavras de um corintiano: Juca Kfouri escreve sobre a baixitude da Vila

A altitude, como sabem os çábios, não faz a menor diferença, razão pela qual o Santos não tem desculpa por ter perdido em La Paz para o Strongest e para o Bolívar.
Provocar um time como o do Santos, como fizeram no jogo contra o Bolívar, também não tem nada de mais.
Difícil mesmo é jogar ao nível do mar, na Vila Belmiro, gramado perfeito, nada arremessado dentro de campo.
Baixitude e boa educação fazem um mal danado.
Como fizeram ao Bolívar.
Com 5 minutos, a baixitude que, como se sabe, torna a bola mais pesada, Elano pegou um tirambaço de fora da área e a curva causada pelas condições atmosféricas causou o primeiro gol praiano.
Aos 22, de pênalti, Neymar fez 2 a 0.
Aos 27, de letra, para humilhar mesmo a cafajestagem boliviana, Paulo Henrique Ganso fez 3 a 0, em cruzamento de Neymar.
Aos 30, isso mesmo, com meia hora de jogo, Alan Kardec, também de fora da área, fez 4 a 0.
Era o placar previsto pelo blogueiro, em comentário no CBN SP, pela hora do almoço.
Mais um erro dele, é claro.
Porque aos 36, Neymar fez mais um, de toquinho, digno do maior artilheiro santista pós-Pelé.
Será que o Santos pararia no segundo tempo, pensando no Guarani?
Ora, a goleada teria de ser exemplar.
E para fazer igual ao primeiro tempo, Elano, de novo aos 5, fez 6.
O Santos treinava para a decisão paulista.
Então, aos 7, era hora de treinar cobranças de faltas.
E, na vez de Ganso, 7 a 0.
Na base da linha de passe, aos 15, Borges, que entrara no lugar de Alan Kardec, recebeu de Ganso que recebera de Neymar e fez 8 a 0.
Por favor, como se diz na TV, não perca a conta.
E agora?
Bem, agora, tem treino domingo no Morumbi lotado por 60 mil santistas para enfrentar, na quinta-feira que vem, o Vélez Sarsfield, em Buenos Aires.
Jogo duro, é claro.
Mas recomenda-se aos portenhos que sejam civilizados.
Porque irritar esse time do Santos dá no que o Bolívar viu.
E que você também pode ver abaixo, na cara de raiva na comemoração de Neymar.
Aliás, parabéns à torcida santista, que entendeu que a resposta era na bola.


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