"Sou o tipo de pessoa que a Dona Florinda diria para que o tesouro não se misturarasse." Ênio Fly.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Pediram de joelhos, venceram de pé!
Senhoras e senhores amantes do bom futebol, vamos à notícia esportiva do dia: a derrota do Inter para o desconhecido Mazembe da República Democrática do Congo. Realmente a torcida colorada está vermelha de vergonha!
Mais uma vez um time africano volta a aprontar contra brasileiros. Você deve se lembrar das derrotas para Nigéria e Camarões nas Olimpíadas de 1996 (Atlanta) e 2000 (Sidney), não é mesmo?
Pois bem, embora o resultado de 2 x 0 para o Mazembe tenha sido trágico para os gaúchos, teve gente que comemorou e muito: a torcida do Grêmio. Para falar a verdade eu também gostei. Nada contra o Inter, pois eu realmente queria que ele ganhasse esse título, mas me rendi ao futebol apresentado pelo Mazembe, pela volta por cima, pela surpresa, pelo inacreditável.
Ninguém em sã consciência imaginaria que um time com estrelas do quilate de D`Alessandro, Tinga, Rafael Sóbis e CIA poderia sucumbir diante de um modesto time africano. Ainda mais depois da oração feita por todos os jogadores debaixo dos dois gols, como quem rogava à Deus por um resultado que não os humilhasse diante de seus poucos torcedores presentes, bem como de seu país. Essa imagem porém é digna de uma observação mais profunda. Na minha opinião ela retratou a força de um grupo que até então superou os próprios limites, inclusive o que no futebol mais impossibilita clubes e seleções: o financeiro.
O Congo é muito, muito pobre mesmo. E esses jogadores talvez formem hoje sua maior riqueza. Agora à tarde teremos um outro duelo para sabermos quem enfrentará esse time de aguerridos: Inter de Milão x Seongnam. O time italiano vem enfrentando sérios problemas dentro e fora de campo e, para mim, não seria nenhuma surpresa se caísse diante dos coreanos, dando a todos nós uma final inédita que mostraria ao planeta bola que o futebol já não é o mesmo de outrora.
No Congo, bem como na Coréia do Sul, o futebol ainda é visto com paixão e não pela contagem de sifras milionárias. E o amor ainda faz a diferença na hora de se exercer uma profissão. Ganha quem realmente gosta do que faz, é o melhor quem, além de talento, tem adoração por aquilo que escolheu para si.
Isso serve para todos os setores dessa vida. Os melhores profissionais são os mais apaixonados por suas profissões, os que as exercem por amor e não pelo dinheiro, que sabem, virá automaticamente com o passar do tempo.
A nós só resta esperar para conferir se mais um "Inter" ficará de fora da disputa do principal torneio de clubes do mundo.
Amanhã a gente fala mais sobre isso, pois já são 15:15, o jogo já começou e eu ainda estou aqui escrevendo, rarará!
Salve o velho e bom futebol e até o próximo post.
Abraço a todos.
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